7 Portais de Retorno a Si Mesma
- 12 de jul.
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Atualizado: 22 de jul.
Há um momento em que a vida externa silencia e o que antes parecia certo já não encaixa mais. É quando a alma começa a sussurrar…Não com pressa, nem com ruído, mas com uma saudade antiga de si mesma.
Essa travessia não é um caminho visível. É um desaprender, um desacelerar, um descer ao fundo do peito onde mora aquilo que é só seu. A busca da alma não se trata de encontrar algo fora…É sobre voltar ao que nunca deixou de existir em você, apenas adormecido sob tantas camadas.
Aqui, te convido a escutar.
Não com os ouvidos, mas com o ventre, com o peito, com a intuição.
Seja bem-vinda à sua travessia para dentro. É seguro voltar para casa.
Por que nos sentimos desconectadas?
Porque fomos ensinadas a sobreviver, mas não a sentir. Aprendemos a cumprir, agradar, correr…Mas não a honrar o vazio, nem a escutar os sussurros da alma quando tudo parece "em ordem" por fora, mas quebrado por dentro.
Nos sentimos desconectadas porque nos afastamos do corpo, do útero como bússola, da respiração como prece, da intuição como guia. Nos traímos em nome de pertencimento, calamos verdades para sermos aceitas, engolimos choro, cansaço, desejos.
E assim, pouco a pouco, nos perdemos de nós mesmas.
Mas a desconexão não é falha. É só um sinal. Um chamado para voltar. Para lembrar que a casa sempre esteve dentro. E que nenhuma parte sua está perdida, apenas esperando por escuta.
7 Portais de Retorno a Si Mesma
1. Silenciar para Ouvir
Em tempos de sobrecarga, o ruído externo nos ensurdece. Corremos tanto para atender às demandas do mundo que esquecemos da canção interna que nos habita. O primeiro portal é o silêncio, não o silêncio vazio, mas aquele que repousa e escuta. Criar um espaço onde não há exigência, onde a alma possa repousar, é como abrir uma clareira no meio do caos. Ali, pouco a pouco, as partes perdidas começam a sussurrar: "Ainda estou aqui. Me escuta."
2. Despir-se das Máscaras
Desde pequenas, nos ensinaram que precisávamos ser boas, fortes, produtivas, agradáveis. Fomos vestindo máscaras para sermos aceitas, mas cada uma delas nos afastou um pouco mais da essência. Despir-se é desconfortável, sim. Mas também é libertador. Ao soltar os papéis, restam os contornos verdadeiros da alma. A mulher que emerge sem máscara carrega o brilho de quem já não precisa provar nada para existir.
3. Escutar o Corpo como Templo
O corpo é o altar onde a alma faz morada. Cada dor, cada tensão, cada arrepio é um recado. Quando escutamos com presença, ele nos conta o que precisa ser sentido, liberado, amado. Não é preciso compreender tudo racionalmente, basta respeitar os sinais. Respirar profundo, alongar com consciência, repousar sem culpa. O corpo sabe. E quando cuidamos dele com reverência, algo dentro de nós começa a voltar para casa.
4. Voltar à Terra e aos Ciclos
A natureza ensina o que esquecemos: tudo tem tempo, ritmo, pausa, morte e renascimento. Ao tocar a terra com os pés, observar as fases da lua, cultivar plantas ou simplesmente contemplar o céu, reencontramos um pedaço nosso que foi domesticado pela pressa. A mulher que se alinha aos ciclos naturais volta a confiar em seu próprio ritmo. Ela aprende a florescer e recolher-se sem culpa.
5. Escrever o que a alma sente
A escrita é um espelho. Quando derramamos palavras no papel, acessamos camadas que o dia a dia esconde. Escreva sem filtro, sem estética, sem medo. Cartas que não precisam ser enviadas, diários de amanhecer, perguntas sem resposta. A alma fala na tinta crua daquilo que foi silenciado. E a escrita pode ser a ponte entre o caos e a clareza.
6. Reverenciar o que Dói
A dor tem má reputação, mas ela é uma das guardiãs da alma. Aquilo que ainda machuca está tentando nos contar algo. Não se trata de romantizar o sofrimento, mas de escutar o que está por trás do choro, da raiva, da solidão. Acolher a dor com ternura é permitir que ela se transforme. É reconhecer que até as partes quebradas carregam sabedoria. Elas não pedem conserto, pedem presença.
7. Seguir o Fio da Intuição
Às vezes ela vem como um arrepio, outras vezes como uma certeza suave. A intuição não grita, ela sussurra. Segui-la é um ato de confiança radical. Mesmo sem garantias, mesmo que o mundo diga que é loucura. Quando damos um passo em direção àquilo que sentimos, o caminho se revela. O fio da intuição é a trilha da alma. Ele nunca se perde, só se embaraça às vezes. Mas está sempre lá, esperando ser tocado.
Texto escrito pela Mentora da Tríade Flora Dominguez
"Descubra o caminho de volta para si mesma com a Tríade - A Cura Pelo Amor. Um espaço sagrado para silenciar, sentir e se reconectar com sua essência. É seguro voltar para casa."





Estou retornando para mim. Me reconheço em cada portal aberto. E agora, na certeza de que não é loucura, é reencontro!