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Além do Véu: O Caminho do Ego à Alma

  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de jul.

"Há um lugar em ti que nunca se perdeu. Escuta o chamado que ecoa por detrás do ego..."

O Casulo e o Voo


Dizem que, em um bosque oculto aos olhos apressados, vivia uma lagarta que tecia seu casulo com grande dedicação. Ali dentro, acreditava estar segura. O casulo era sua casa, sua proteção, sua identidade.

Mas o tempo passou e, sem que ela compreendesse plenamente, algo dentro dela começou a pulsar diferente. Um chamado silencioso, um desejo de se expandir além daquela morada apertada. Ainda assim, o medo sussurrava: "E se eu sair e não souber quem sou? E se eu me perder?"


Até que um dia, o impulso da vida foi mais forte. O casulo começou a romper, não sem dor, não sem resistência. E quando enfim ela emergiu, havia se transformado. Já não era lagarta. Era borboleta — e agora tinha asas.


Olhando para trás, compreendeu que o casulo não era um erro. Foi necessário, mas não era o destino. O destino era o céu.

Assim é o ego. Um abrigo temporário. Um lugar que nos molda, mas que não pode conter o que realmente somos quando estamos prontas para voar.


Quem sou eu além do que sinto e penso?


Compreender o ego é como atravessar um espelho feito de névoa ele turva tua visão, mas não pode ocultar tua essência. O ego não é tua verdade, apenas um manto costurado de memórias, medos e desejos de aceitação. Um personagem que se molda às exigências do mundo, inquieto, ansioso por controle, sempre em guarda diante da mudança.


Há, porém, um segredo que o ego não sabe: ele não precisa morrer para que tua alma desperte. Ele só teme porque não entende que existe um lugar dentro de ti onde ele pode repousar, não mais como senhor, mas como servo da consciência. Quando a alma se ergue, o ego encontra sua verdadeira função: proteger sem dominar, servir sem aprisionar.


Por isso, o primeiro passo é o olhar sincero e amoroso sobre si mesma. Quem dentro de ti busca ser admirada? Quem teme ser deixada? Quem precisa ter razão? O autoconhecimento não é um fardo, é uma dança de revelações. A escrita consciente, a escuta interna, a pergunta viva: “Quem sou eu além do que sinto e penso?” — tudo isso abre portais que dissolvem os véus do ego.


Meditar, escrever, silenciar... são maneiras de escutar o que sempre esteve contigo: tua alma ampla, quieta e infinita. O ego, quando olhado com compaixão, não precisa ser vencido, mas acolhido e integrado.

Esse é o caminho: cada camada que se desfaz não é uma perda, é um retorno. Um passo a mais para dentro de ti mesma.


Texto escrito por Flora Dominguez Mentora da Tríade


"Descubra suas asas e voe além do casulo. Permita-se ouvir sua essência, acolher seu ego e despertar sua alma. Tríade A Cura Pelo Amor, um espaço para sua transformação."


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