O Canto da Fênix

Dizem que, quando chega o tempo da morte, a Fênix não se esconde. Ela voa até o ninho mais alto, ergue o peito e começa a cantar. E o canto não é dócil. É o som de mil dores queimando ao mesmo tempo. É a confissão de cada lágrima engolida, de cada amor que a abandonou, de cada vez que acreditou não ter mais forças.

O fogo não vem de fora. Ele nasce de dentro. E é tão intenso que consome tudo o que já não serve: as penas antigas, as memórias frias, os nomes que ficaram presos na garganta.

O canto da Fênix é, na verdade, um grito de liberdade. Não há lamento nele, há entrega. Ela canta porque sabe que a morte não é fim. É passagem. É portal.

Quando as chamas a envolvem, não há medo. Há presença. Ela se permite ser reduzida a cinzas, porque aprendeu que o que é verdadeiro não queima. O que é verdadeiro permanece.

Então, o silêncio. A poeira no ar. O cheiro da terra molhada pelo suor do fogo. E, no meio das cinzas, um pulsar. Um coração novo, batendo como se fosse o primeiro. Duas asas se abrem — mais largas, mais belas, mais fortes.

A Fênix não volta como era. Ela volta impossível de ser ignorada. A sua nova voz é ainda mais alta, mais clara, mais viva. E quando canta outra vez, o mundo para para ouvir.

O canto da Fênix é a lembrança de que nenhuma dor é grande o suficiente para apagar quem você é. Queimar não é morrer. Queimar é voltar inteira, feroz, sem pedir licença para existir.

E hoje, mulher, se você escutar com atenção, talvez perceba… Esse canto é o seu.

3 afirmações potentes inspiradas no Canto da Fênix:

1. "Eu atravesso o fogo sem medo, porque sei que ele me devolve mais forte."

2. "Tudo o que não me serve se desfaz em cinzas, e delas eu renasço inteira."

3. "Minha voz é o canto da Fênix, ela anuncia que eu volto viva, livre e impossível de apagar."

   
   

   Texto escrito pela Flora Dominguez - Mentora do Grupo Fênix